Desprendimento
Quando penso a sério no assunto, acho que o objectivo primordial de estarmos aqui é conseguirmos praticar sem esforço o desprendimento. Pensarmos nas coisas materiais como acessórias, passageiras, breves com um sopro de vento.
Uma criança nasce selvagem, sem condicionalismos, sem regras impostas, sem restrições de quaquer ordem. À medida que vai crescendo vai sendo ensinada a ser gente, a portar-se como gente, a falar, a saber estar, a relacionar-se com os outros. Tem de andar vestida, calçada, tem de aprender a adaptar-se às regras duras da vida, tornear obstáculos, camuflar sentimentos, ser inteligente e educada, como se deseja. À sinceridade de uma criança respondemos muitas vezes com um redondo «Isso não se faz», ainda que ladeado de um sorriso de soslaio quando ela não nos está a ver. Ensinamos a dissimulação, o medo da sinceridade com receio de caír no ridículo.
O meu caminho interior leva-me a crer que estamos cá para praticar o desprendimento, a não nos deixarmos condicionar pelo que os outros pensam de nós, a não deixarmos de dizer o que pensamos, a não entrarmos no sistema de dar e querer sempre algo em troca. Não dar para receber, não plantar para colher. Ainda que o universo nos dê sempre algo em troca, devemos dar pelo acto em si e não esperar retorno.
Haverá um dia em que já não nos interessa a marca da roupa que vestimos, o carro que nos transporta para o emprego, o que mostramos aos outros mas sim o que somos, aquilo em que acreditamos e o que estamos dispostos a fazer por nós e pelos outros. Como se nos tivesse sido arrancada a pele e nos tivesse sido dada a oportunidade de viver de novo, a uma escala bem mais interessante do que a actual. Acho que então estaremos prontos para partir rumo a uma nova aventura, quando formos autênticos, verdadeiros, conscientes da nossa missão.
Temos de aprender a não sermos dominados nem por pessoas, nem por casas, nem por carros ou empregos. Temos de ver isso como acessório, isso não nos diz quem somos. A nossa verdadeira identidade reside na grandeza da nossa alma, na amplitude do nosso pensamento, no calor do nosso coração. Quem somos está dentro de nós, não na imagem que transparece. Quem somos conjuga-se no verbo SER e não no verbo TER, como erradamente a maior parte das pessoas pensam.
Uma criança nasce selvagem, sem condicionalismos, sem regras impostas, sem restrições de quaquer ordem. À medida que vai crescendo vai sendo ensinada a ser gente, a portar-se como gente, a falar, a saber estar, a relacionar-se com os outros. Tem de andar vestida, calçada, tem de aprender a adaptar-se às regras duras da vida, tornear obstáculos, camuflar sentimentos, ser inteligente e educada, como se deseja. À sinceridade de uma criança respondemos muitas vezes com um redondo «Isso não se faz», ainda que ladeado de um sorriso de soslaio quando ela não nos está a ver. Ensinamos a dissimulação, o medo da sinceridade com receio de caír no ridículo.
O meu caminho interior leva-me a crer que estamos cá para praticar o desprendimento, a não nos deixarmos condicionar pelo que os outros pensam de nós, a não deixarmos de dizer o que pensamos, a não entrarmos no sistema de dar e querer sempre algo em troca. Não dar para receber, não plantar para colher. Ainda que o universo nos dê sempre algo em troca, devemos dar pelo acto em si e não esperar retorno.
Haverá um dia em que já não nos interessa a marca da roupa que vestimos, o carro que nos transporta para o emprego, o que mostramos aos outros mas sim o que somos, aquilo em que acreditamos e o que estamos dispostos a fazer por nós e pelos outros. Como se nos tivesse sido arrancada a pele e nos tivesse sido dada a oportunidade de viver de novo, a uma escala bem mais interessante do que a actual. Acho que então estaremos prontos para partir rumo a uma nova aventura, quando formos autênticos, verdadeiros, conscientes da nossa missão.
Temos de aprender a não sermos dominados nem por pessoas, nem por casas, nem por carros ou empregos. Temos de ver isso como acessório, isso não nos diz quem somos. A nossa verdadeira identidade reside na grandeza da nossa alma, na amplitude do nosso pensamento, no calor do nosso coração. Quem somos está dentro de nós, não na imagem que transparece. Quem somos conjuga-se no verbo SER e não no verbo TER, como erradamente a maior parte das pessoas pensam.
2 Comments:
Olá, Catarina!
Fiquei muito sensibilizada pelo teu comentário no meu blog. Quero agradecer-te. Parece que sentimos a mesma coisa. Nesse ponto e em outros, pois estive a dar uma vista de olhos pelas tuas "cartas". Sensíveis e atentas, como os textos que eu escrevia nos tais 15 anos e que, agora, sinto tanta vontade de escrever... mas não escrevo, sabe-se lá porquê.
Fiquei curiosa num aspecto. Como deste comigo?
Beijinhos
Laura
Concordo praticamente com tudo o que disseste (especialmente no que toca à (in)importância das coisas materiais) com excepção de alguns pontos. Pessoalmente acho que a dura realidade é que não estamos "aqui" por um objectivo, mas sim por consequência. A noção de objectivo e sentido é, quanto a mim, resultado da nossa mente consciente. Talvez esteja enganado, não sei.
No que toca a dar por dar, sem realmente não querer receber, tenho as minhas dúvidas... Penso que pelo menos insconscientemente esperamos sempre algo. Se olhares para tudo o que te rodeia, tudo se baseia em trocas, como as trocas gasosas na Biologia ou as acções-reacções e leis de conservação da Física. Até pelo simples facto de a Humanidade ser social e nas relações ter de existir trocas para que estas sejam relações.
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